Psicologia no mês da consciência negra: algumas reflexões

Psicologia no mês da consciência negra: algumas reflexões

O racismo vem circulando na sociedade há muitos anos e mesmo com todos os recursos existentes hoje para que possamos buscar informações sobre essa pauta, ainda existem pessoas que o praticam. Logo, o primeiro passo é buscar informações sobre o assunto e como podemos combatê-lo.
Dentro do consultório, devemos prestar muita atenção em como conduzir algumas situações e em não trazer falas que contenham um racismo enraizado, mesmo que essa seja a posição do paciente. Devemos analisar nossos juízos de valores já existentes e muda-los caso algum deles se encaixe em uma fala ou atitude racista.
Muitas pessoas dizem não ver cor, mas o problema não está nesse ponto e sim em usar isso pra oprimir e segregar o outro. Vivemos em um país miscigenado onde é normal a variação de cores, mas deixa de ser normal quando essas variações te fazem sentir melhor do que o outro.
Ficar calado em uma ocasião em que um paciente fala abertamente e de forma pejorativa de outra pessoa pela cor da pele, também é ser racista. É importante usarmos toda a informação que colhemos sobre o assunto e pontuar isso.
Ainda vivemos em uma sociedade muito preconceituosa e racista e consumir apenas autores brancos nos coloca nessa posição também, então nessa busca por informações, a melhor opção é procurar e consumir autores negros.
No mais, entender que está sendo racista ou que o outro foi racista e tentar combater isso é algo que devemos fazer diariamente, não só no nosso consultório, mas no nosso dia a dia. Muito se fala em apenas não ser racista, mas como disse Angela Davis “não basta não ser racista, temos que ser antirracistas”. Reveja suas atitudes.

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Autora: ANA CAROLINA BARROS DA ROCHA| Psicóloga – CRP 09/15052

Bacharel em Psicologia pela PUC-GO e pós-graduanda em Psicanálise e Educação (UCAM). Formação continuada na Escola Brasileira de Psicanálise (EBP-AMP). Experiência clínica como estagiária do CEPSI, com crianças (individual e em forma de cartel), adolescentes, adultos e idosos com ênfase em psicanálise nas modalidades presencial e online. Tem como diferencial pesquisa voltada para a saúde de pessoas LGBTQIA+, está sempre envolvida na elaboração de projetos, participando de congressos e estudos que envolvem a psicanálise de orientação lacaniana.

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