Dezembro Vermelho: a luta contra o HIV
A campanha nacional do Dezembro Vermelho é marcada pela luta contra o vírus do HIV, Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis) e dá destaque para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. A Aids é uma doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês). O vírus é transmitido através de pessoas soropositivas; em relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação. É importante ressaltar que ter HIV é diferente de ter Aids, pois muitas pessoas soropositivas vivem anos sem apresentar sintomas e desenvolver a doença.
A prevenção combinada é a melhor forma de evitar o HIV/Aids, já que consiste no uso simultâneo de diferentes tipos de prevenção. São exemplos a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) – ela abrange no uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas que tiveram possível contato com o vírus HIV, e a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) – é o uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus, reduzindo a possibilidade de contaminação.
Receber o diagnóstico dessa doença é muito difícil, gerando uma sobrecarga emocional que leva às mudanças de comportamento e modo como o paciente enxerga a vida. O paciente com HIV tem a tendência ao isolamento por temerem a rejeição de pessoas sadias; em alguns casos esse afastamento acontece da parte de cônjuges, amigos e familiares, por medo de contágio, repulsa, ansiedade, incerteza, insegurança e frustração por não poder ajudar.
O HIV marca profundamente as pessoas portadoras da doença, afetando seu bem-estar físico, mental e social. O estigma em torno da doença é um problema muito grande, pois atrapalha na busca de diagnóstico precoce; enquanto esse estigma não for desfeito, o diagnóstico precoce será dificultado e os pacientes poderiam sofrer ainda mais.
No contexto de políticas públicas e na luta contra aids, a inclusão da Psicologia da Saúde se fez presente desde o início nas equipes multiprofissionais. Os psicólogos atuam na prevenção primária através de orientações sobre a realização dos testes de HIV, assim como na mobilização para mudança de comportamentos considerados de risco. Já na prevenção secundária com portadores do vírus, a psicologia atua no auxílio ao enfrentamento de transtornos tanto emocionais como cognitivos, além de conduzir a terapia de luto para os que estiverem em estágios mais avançados da doença, suas famílias e amigos.
Para além das prevenções primárias e secundárias, o acolhimento, psicoterapia individual ou grupal e plantão psicológico meios que a psicologia utiliza para desmistificar a aids e os desafios que a doença traz, através de informações pertinentes e mostrar que é possível viver com o vírus, com dignidade humana.
Dessa forma, o papel da psicologia se faz muito relevante nesse contexto. O trabalho com pacientes portadores do HIV e seus familiares desenvolve um papel em relação a identificação das vulnerabilidades, promoção dos direitos humanos, e o mais importante que é o olhar subjetivo do indivíduo que vive e convive com o vírus.
.
Fontes: https://bvsms.saude.gov.br/dezembro-vermelho-campanha-nacional-de-prevencao-ao-hiv-aids-e-outras-infeccoes-sexualmente-transmissiveis/
https://portal.fiocruz.br/noticia/dezembro-vermelho-o-que-voce-precisa-saber
https://www.scielo.br/j/psoc/a/VwvVfGxwZZyKxr6d6GWDgcn/?lang=pt http://www.dst.uff.br/revista16-4-2004/9.pdf
https://periodicos.set.edu.br/fitshumanas/article/download/4554/2589/14622
.
Autora: MARÍLIA PEIXOTO MILHOMEM | Psicóloga – CRP 09/15036
Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC – GO) e pós graduanda em Psicologia Hospitalar e Psicooncologia. Realizo atendimento com adolescentes, adultos e idosos através da Gestalt Terapia, com escuta empática e acolhedora a fim de auxiliar no autoconhecimento e qualidade de vida.