Outubro Rosa é como é conhecido o movimento popular de enfrentamento ao câncer de mama. Inicialmente surgiu com ações isoladas nos Estados Unidos, até a campanha ser aprovada pelo Congresso Americano que definiu que o mês de outubro seria o mês dedicado à conscientização do câncer de mama. Tal conscientização inclui o estimulo ao autocuidado (toque mamário para detecção de nódulos ou quaisquer alterações mamárias), aos exames de rotina, a ampliação das informações a respeito do diagnóstico e tratamento para a população geral, além da promoção de ações em Instituições governamentais e privadas.
O movimento ganhou espaço em diferentes países, e mais precisamente no ano de 2002 teve sua primeira iniciativa no Brasil, na cidade de São Paulo, com a iluminação do Obelisco do Ibirapuera (Obelisco de São Paulo) na cor Rosa, cor internacionalmente escolhida para representar a campanha.
Atualmente no Brasil e no mundo, é possível observar como o movimento tem ganhado maior atenção da sociedade, e deste modo, um número maior de pessoas tem sido amparadas com a detecção precoce da doença, que apesar de em sua maioria acometer pacientes do sexo feminino, acomete também cerca de 1% de pacientes do sexo masculino.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) “o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor”.
Há vários tipos de câncer de mama, e estes podem evoluir de formas distintas, alguns mais rapidamente e outros mais lentamente. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para que protocolos individuais sejam elaborados pelo profissional oncologista, juntamente com outros profissionais de saúde.
Entende-se que o câncer de mama é multifatorial, ou seja, não ocorre por uma única causa, mas uma associação de causas que variam para cada pessoa.
Estudos apontam que um dos riscos mais recorrentes é o fator idade, ter mais de 50 anos. Mas além deste, outros devem ser avaliados como mostra a tabela abaixo:
Fatores ambientais e comportamentais | Fatores da história reprodutiva hormonal | Fatores genéticos e hereditários |
Obesidade e sobrepeso após a menopausa | Primeira menstruação antes dos 12 anos | História familiar de Câncer de ovário |
Sedentarismo e inatividade física |
Não ter tido filhos |
Casos de Câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos |
Consumo de bebida alcóolica | Primeira gravidez após os 30 anos | História familiar de Câncer de mama em homens |
Exposição frequente a radiações |
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos | Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2 |
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) | ||
Ter feito reposição hormonal (menopausa) por mais de 5 anos |
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Ministério da Saúde
Como foi citado anteriormente, além do acompanhamento com o Médico Oncologista, diversos profissionais podem auxiliar no tratamento dos pacientes no decurso da doença, dentre estes, a(o)Psicóloga(o). Cada paciente em sua singularidade é quem pode dizer se algo o angustia desde o diagnóstico inicial ao percurso do tratamento do câncer de mama, e se assim desejar é possível que inicie um acompanhamento psicoterápico, buscando um espaço de fala, escuta e acolhimento com a(o) profissional que se sentir confortável.
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Referências
Câncer de mama. Instituto Nacional de Câncer – Ministério da Saúde, 21 de agosto de 2020. Disponível em <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama> Acesso em 05/10/2020.
Outubro Rosa. Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama. Disponível em <http://www.outubrorosa.org.br/historia.htm> Acesso em: 05/10/2020.
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Autora: MAYNA FAVA MARQUES | Psicóloga – CRP 09/13797
Sou Psicóloga e Psicanalista em formação. Realizo atendimento individual de adultos e idosos nas modalidades presencial e online. Acredito que é por meio do estudo do Inconsciente que os sujeitos “existem onde não pensam e pensam onde não existem”.