Obesidade e autoestima

Obesidade e autoestima

A obesidade não afeta apenas a qualidade no desempenho de atividades diárias por conta de aspectos físicos, mas também pode levar a um comprometimento na autoestima. Nesses casos, a auto aceitação se torna difícil e os sintomas depressivos se mostram ainda mais evidentes.

Isso acontece não só por uma cobrança interna ou por uma sensação de incapacidade. A sociedade enxerga o obeso como uma pessoa desleixada, sem motivação, dominada pela falta de vontade em mudar ou, simplesmente, se cuidar. Ou seja, além de sensações internas desgastantes, essas pessoas precisam, ainda, lidar com toda a pressão oriunda do meio externo através de conceitos pré-estabelecidos e cristalizados.

O que se vê, portanto, é a existência de um abismo entre a forma como a pessoa se enxerga e a maneira como ela gostaria de se enxergar. Nesses momentos, os sentimentos mais diversos e avassaladores tomam conta dos pensamentos, colocando o indivíduo contra ele mesmo e confirmando aquilo que os outros acham que ele é, aumentando cada vez mais sua vergonha e seu sentimento de impotência diante da situação.

Falamos então que a obesidade pode desencadear um rebaixamento na autoestima, certo? Mas de que forma isso é prejudicial? Ora, a baixa autoestima também se responsabiliza pelo agravamento dos casos de obesidade, pois estimula a contínua manutenção de hábitos rotineiros e alimentares não saudáveis, que, consequentemente , resultam em ganho de gordura corporal.

Estes aspectos citados até então podem ser explicados através de um círculo vicioso:

Meta e Saúde 2

Tudo parece se repetir o tempo todo na rotina de um obeso com baixa autoestima.

E agora? O que fazer? Bom, é preciso um esforço para adotar uma melhor imagem de si, enxergar pontos positivos e novas possibilidades. A obesidade é uma doença crônica que necessita de atenção e tratamento em longo prazo e um acompanhamento de perto para se alcançar mudanças reais.

A busca pela autovalorização depende de um investimento no autoconhecimento e compreensão de pontos limitantes e potencializadores. A aceitação do presente é imprescindível para uma melhor captação da caminhada que deverá ser delineada e percorrida.

Assim, ressaltamos a importância do acompanhamento psicológico, pois poderá ajudar nesse processo de autoconhecimento e compreensão das suas potencialidades, a fim de alcançar a melhoria na qualidade de vida.

TaisSobre a autora:

Taís Pereira Dantas, é psicóloga (CRP 09/10025) graduada pela PUC Goiás (Brasil), pós-graduanda em Avaliação Psicológica pelo Incursos (Brasil). Psicóloga da Rede Goiana de Psicologia, realiza atendimentos domiciliares através da abordagem Humanista-Existencial Fenomenológica

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