Como percebemos a velhice e o processo de envelhecimento?

Como percebemos a velhice e o processo de envelhecimento?

Ao refletirmos sobre o envelhecimento é importante pensarmos numa multiplicidade de condições em que sejam consideradas as vivencias pessoais e as características especificas de cada idoso. Isso porque, dependendo das condições biopsicossociais do individuo, de sua história de vida, elementos peculiares favorecem uma intervenção especifica de ajuda e suporte as suas necessidades, construindo um modo diferenciado de como ele deve ser visto pela sociedade.

A ciência destaca duas condições essenciais: a senescência e a senilidade.

A senescência é marcada por evidentes declínios no funcionamento corporal como curso normal do processo de envelhecimento, sendo importante levar em consideração a fragilidade e os limites que esta fase compõe, que por sua vez os tornam deprimidos e se isolam da atualidade.

Já a senilidade, manifesta-se pela presença de patologias que alteram o curso normal dessa fase, como é o caso das doenças crônico-degenerativas e das demências.

Como é feita essa distinção em nossa sociedade?

Acreditamos que hoje temos algumas visões bastante opostas. Por um lado há os que veem a velhice como a “melhor idade”, construindo uma imagem positiva, na qual o idoso pode desfrutar da vida e do tempo com saúde e vitalidade. Por outro lado, existem os que veem essa fase voltada apenas para decrepitude e marcada pela solidão, pelas limitações e pela dependência.

Pensando nisso, é preciso compreender que cada fase da vida tem seus desafios e objetivos a serem cumpridos e isso não é diferente na velhice.

Frente a essa condição, a psicoterapia voltada para a terceira idade se transforma em uma ferramenta eficaz para que os idosos possam enfrentar satisfatoriamente os desafios trazidos por essa nova fase. No atendimento aos idosos no consultório, percebemos que nesse processo as pessoas são capazes de fazer um reexame da própria vida, através da  reorganização e reorientação da personalidade, sendo agora, de uma maneira mais realista que em outras fases, deixando para trás as bagagens extras e as consideradas sem importância, além de poder recuperar valores e possibilidades desconsideradas anteriormente. Os idosos podem encarar a vida vinculada a sentidos mais pertinente a sua subjetividade, assumindo maior responsabilidade pelo seu bem estar e vivendo com mais qualidade.

Imagem: Extraída do Google Imagens

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Sobre as autoras

Carla Maria de Castro Santos

Graduada em Psicologia pela PUC Goiás (Brasil). Possui formação em atendimento em Home Care pelo IBCARE – Instituto Brasileiro de Ensino Especializado em home Care, com atuação na área gerontológica, traumatológica e reabilitação, desde 2002. Atua como Psicóloga na SEDUC – Secretaria de Educação do Estado de Goiás desde 2013 na realizaçãode diagnóstico institucional da unidade escolar ; palestrante em cursos de formação, oficinas e dinâmicas; realizando acompanhamento itinerante multiprofissional, viabilizando encaminhamentos necessários às atividades pertinentes ao programa de inclusão.

Paula Laiane V. de Souza

Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO e Especialista em Saúde Mental com Abordagem Psicossocial pelo CEEN/PUC-GO. Atuou como psicóloga hospitalar no HGG em estágio. Foi psicóloga voluntária em abrigo de idosos. Realizou estágio extra currícular na liga acadêmica de obesidade infantil em CAIS (Chácara do Governador) . Atuou por 2 anos como psicóloga na área organizacional . Atualmente a área de atuação é atendimento psicoterápico individual, fundamentado na Teoria Cognitivo Comportamental.

Walkiria Carvalho Souto Silva

Psicóloga pela PUC Goiás (CRP 09/9086), possui experiência em voluntariado com crianças vítimas de maus tratos e abuso sexual, além de trabalhos com dependentes químicos. Atualmente cursa especialização em Psicodrama.

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