Autoestima e transtorno mental
A autoestima segundo ROSENBER (2010) é um conjunto de atitudes e percepção avaliativa que o sujeito tem de si mesmo, como por exemplo: ideias negativas e positivas não estáticas, apresentando altos e baixos em consonância com rotinas sociais e emocionais, refletindo a vida subjetiva do sujeito e sua satisfação com situações vividas.
A autoestima e os transtornos mentais possuem relação direta e por esta razão cada vez mais pessoas de ambos os sexos vem procurando os serviços especializados buscando ajuda para melhorar essa condição. O profissional no dia a dia vem percebendo um aumento desta procura em seus consultórios, sendo a maior procura pelo púbico feminino.
A OMS (2001) expõe que a condição para se ter uma boa saúde são: integração e resposta emocional; atitudes positivas em relação a si mesmo; desenvolvimento e auto realização; autonomia e determinação; competência social; domínio do ambiente, levando em consideração o indivíduo no seu contexto biopsicossocial, considerando o meio interno e externo, antecedentes pessoais e familiares, sendo estes fatores diretamente relacionados a autoestima, portanto, quando ocorre uma alteração na saúde mental do indivíduo, inicia-se o processo de adoecimento, podendo levar ao desenvolvimento dos transtornos mentais. Sendo assim a auto estima é um importante indicador de saúde mental, pois interfere significativamente nas condições afetivas, psicológicas e sociais, podendo desencadear ansiedade, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, anorexia, bulimia, fobia social, distúrbio do sono e até suicídio, com tantos outros associados.
A autoestima é um assunto muito pouco abordado por este prisma já que atualmente quando se fala em autoestima logo, associam a questões estéticas, sendo que o mais importante é lembrar a autoestima é um processo complexo que vai para além do corpo, envolvendo todas as questões existenciais relacionadas ao processo saúde-doença. Assim sendo, entende-se que para se ter uma boa autoestima e consequentemente diminuir o risco do desenvolvimento do transtorno mental o indivíduo deve ter clareza de que a autoestima é sim indicador de saúde mental que cuidar do interior é tão ou mais importante que do exterior (estética), que é de extrema importância reconhecer seus limites e buscar ajuda especializada sempre que necessário.
Por fim, entender que cuidar da autoestima é cuidar da saúde mental.
REFERENCIAS;
Organização mundial de saúde, RELATÓRIO SOBRE A SAÚDE NO MUNDO Saúde Mental: Nova Concepção, Nova Esperança 2001
Psico-USF (Impr.) vol.15 no.3 Itatiba Sept./Dec. 2010
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712010000300012