Atualidades e psicologia

A paternidade no século XXI

A paternidade no século XXI

O termo paternidade é de origem da palavra  paternĭtas, do latim e diz respeito à condição de ser pai, mas afinal, o que significa “ser pai” no mundo contemporâneo? Ao refletir acerca da definição desse termo é possível viajar e alcançar diversos sentidos e significados. A  reflexão sobre a paternidade, pode ter início seja ao pensar em  exemplos de pessoas do nosso cotidiano ou até mesmo buscando através da história. 

Para compreender de fato o papel do pai,  podemos iniciar considerando como a paternidade se modificou ao longo das décadas e com isso, definir a função paterna atualmente, é assumir o pluralismo e abundância desse espaço/local. O século passado trouxe uma ressignificação dos papéis de gênero, movimento que impactou a cultura, os  microssistemas, ou seja, os diversos grupos os quais o indivíduo pertence e até mesmo o processo transgeracional (comportamentos transmitidos entre sucessivas gerações, dentro do grupo familiar)

Ao falar de paternidade, falamos também da família, e de como essa está relacionada aos movimentos de transformação da sociedade. Isso nos leva a pensar que existem diferentes configurações familiares no século XXI, e esse fato não pode ser desconsiderado. Em razão disso, a paternidade precisa e pode  ser entendida por vários ângulos/perspectivas.

Nas últimas décadas, surgiram mudanças nos papéis definidos socialmente como femininos, que impactaram transformações para os papéis tidos como masculinos também. É nesse contexto de modificações das regras para desempenho dos papéis sociais, que surgem novas concepções de paternidade Emerge então, um pai mais preparado para vivenciar trocas afetivas e demonstrações de fragilidades com mais naturalidade e assim, desempenhando  papéis antes vistos apenas como maternos.

Para encerrar, retomo ao questionamento inicial, de quais seriam os papéis de um pai no século XXI e considero que há um leque com várias possibilidades de resposta. Ao levar em conta o que foi dito até aqui, acredito que fazer uma definição exata do papel de pai atualmente não seja o primordial. O essencial torna-se então, refletir e dialogar sobre o exercício da paternidade, para conseguirmos vivências mais genuínas, carregadas com menos sofrimento e culpa. Para além de compreender que a função seja paterna ou materna diz respeito ao amor, envolvimento, responsabilidade e cuidado com os filhos.

Amanda Vaz Almeida | Acadêmica de psicologia 

Cursando o 10º período de psicologia na PUC- Goiás. Tenho interesse em atuar na clínica com foco em atendimento de casal, família e individual de adolescentes adultos. Fui monitora de Psicologia do Desenvolvimento I e Psicologia Social I, participei da Liga de Sexualidade Humana da Faculdade de Medicina-UFG. Atualmente participo do Grupo de Estudos e Pesquisa Construção de Fatos Sociais da PUC- Goiás e do Núcleo Goiás da ANPSINEP ( Articulação Nacional de Psicólogos (as) Negros(as) e Pesquisadores(as).

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