Videogames influenciam de forma positiva ou negativa na educação das crianças? E qual deve ser a posição dos pais?

Videogames influenciam de forma positiva ou negativa na educação das crianças? E qual deve ser a posição dos pais?

 

Como toda atividade, os jogos de videogames podem apresentar pontos positivos e pontos negativos na educação das crianças. Entre alguns benefícios podemos citar a melhora no raciocínio, o aprendizado de outro idioma quando a criança tenta traduzir os diálogos, e os jogos educativos que além de divertir, também podem ajudar na formação das crianças.

Em contrapartida, existem as desvantagens do videogame, como a obesidade, quando a criança deixa de fazer atividade física para ficar sentada em frente a tela; as notas ruins quando a criança deixa de fazer as atividades escolares para jogar, a diminuição da concentração, a irritabilidade e a sonolência quando não dorme o suficiente, o isolamento social e a redução do contato com o mundo real.

E por ser uma atividade prazerosa, as crianças podem viciar, como acontece em qualquer tipo de jogo. Um outro ponto negativo são os jogos violentos, que de acordo com algumas pesquisas podem deixar as crianças mais agressivas, e motivá-las a replicar a cenas de violência quando ficam irritadas ou são desafiadas. Como exemplo, pode-se citar o jogo chamado Bully que foi proibido no Brasil por incentivar o Bullying nas escolas.

O período em que a criança está mais suscetível a ser influenciada pelos jogos é na idade escolar, que é o período de formação de suas habilidades sociais, cognitivas e culturais. Desta forma, o uso desregrado do videogame em relação ao período e ao conteúdo do jogo, pode acarretar sérios problemas comportamentais ao longo da vida da criança.

Os pais exercem um papel muito importante na formação da criança, pois são a partir deles que as criança tem os primeiros contatos com as emoções, a formação de valores e o respeito a regras. Desta forma, os pais devem estabelecer limites e repassá-los claramente e com firmeza para os seus filhos. Eles precisam determinar a quantidade de horas que as crianças podem jogar, e deixar claro que o desrespeito às regras e que o número excessivo de horas em frente ao videogame levarão à punição. Os pais precisam atentar-se também para as questões emocionais dos filhos, pois o aumento do número de horas em frente ao videogame pode estar ligado a dificuldade de convívio social ou tentativa de fuga das próprias emoções, então ela troca o mundo real pelo virtual.

Passar muito tempo dentro do mundo virtual pode impedir que as crianças desenvolvam o senso do que é certo ou errado. Diante disto, os pais precisam criar meios de envolver as crianças em experiências sociais positivas na vida real, mostrando a elas o que é real e o que é ficção.

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Imagem: Extraída do Google Imagens

Sobre a autora:

Darlene Araújo de Carvalho – Psicologa CRP 09/5727

Graduada em Psicologia pela PUC-GO (2008), Especialista em Gestão de Pessoas por Competência e Coaching pelo IPOG e Pós-Graduanda em Psicologia do Trânsito pela Faculdade Santo André-SP. Possui formação em Analista Comportamental Coaching Assessment pelo IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), Cargos e Salários pela FGV e Capacitação em testes psicológicos. Possui 09 anos de experiência na Psicologia Organizacional, com atuação em todos os subsistemas do Recursos Humanos. Trabalhou como Psicóloga Perita Forence na Superitendência Executiva da Administração Penitenciária realizando Avaliação Psicológica dos detentos do Sistema Prisional por meio do método de Rorschach e do HTP. Atua com Orientação Vocacional e de Carreira, Avaliação Psicológica, Avaliação de Perfil, Mapeamento de Competências, e Consultoria de Gestão de Pessoas, desenvolvendo projetos de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Cargos e Salários, Pesquisa de Clima e Implantação de RH. É Professora em cursos de Pós-Graduação em disciplinas de Psicologia e Gestão de Pessoas.

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